quarta-feira, 29 de abril de 2015

Começa nossa "Euroáfrisia"


Sim, tenho plena consciência de que estou atrasado nisso. Poderia dizer que estava sem tempo, sem acesso à internet ou, até mesmo, sem ideias (mas nada disso seria verdade). E, quase dois meses após iniciar nossa viagem, estou aqui, com minha namorada, Samanta Rodrigues, 22, dentro de um ônibus, no meio da Turquia, em direção à Capadócia, tentando relembrar momentos vividos, por exemplo, em Amsterdã. Tarefa difícil, sendo que, desde então, já passamos por outros dez países.

Começamos nossa viagem no dia 6 de Março, com um vôo de São Paulo para Amsterdã. Pretendemos visitar de 30 a 40 países (aqui você percebe que a palavra chave de nossa viagem é: "acaso"), em um período de dez ou onze meses. Mas, na realidade, nesse primeiro texto vou tentar responder à famosa pergunta que ouvimos a todo momento: "como/quando decidiram fazer isso?"

Não é segredo para ninguém que sou um apaixonado por viagens. Meus amigos podem confirmar que desde meus 14 ou 15 anos, por exemplo, eu já adorava pegar um ônibus intermunicipal em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, minha cidade, para ir passear em Caraguatatuba, cidade vizinha. 45 minutos, em média, o trecho, somente para desembarcar, andar até o calçadão, comer um pastel e tomar um caldo de cana (em qualquer "China" da vida). 

Quero dizer, com isso, que não tenho como meta poder dizer que conheci 794 países, percorri 949 mil quilômetros, etc.. Além disso, sou um grande amante dos destinos brasileiros (perderia um texto citando lindos lugares desse nosso "Brasilzão").

Porém, sempre tive vontade de fazer uma viagem desse tipo. Primeiramente, porque mesmo que você encontre grandes variedades culturais do Oiapoque ao Chuí (minha homenagem ao Monte Caburaí, que por mais que não seja lembrado, é o verdadeiro extremo norte do Brasil), ainda sim você tem o mesmo idioma e passaporte. Claro que há diferenças gritantes de um "bá, tchê" para um "arre égua!". Porém, todos com o "pé na cozinha", com a mesma posição na árvore genealógica da história.

Também sempre tive vontade de conhecer o famoso "primeiro mundo" (engraçado, pois se hoje não fazemos parte dele, grande influência teve a colonização desse povo "desenvolvido" sobre nós, latinoamericanos. Porém, guardo essa análise "xingando muito no twitter" para um outro momento).

Tinha vontade de ver se realmente era tudo isso, como funciona (aliás, funciona), como vivem, o que comem... Não perca, no próximo Glo... Ok.

E, claro, visitar também o outro lado da moeda (lado o qual, não é segredo para ninguém, que me desperta muito mais fascínio), onde a "bagunça" se assemelha mais com nosso país, onde sim, há mais perigo, violência, mas, sobretudo, onde há mais vida, calor humano. Onde nós, os macacos, dançamos mais, onde vivemos mais (deixo esse ótimo vídeo a respeito).

http://www.youtube.com/watch?v=ZY2z12ORYJI

E, por último, a questão do momento. É uma viagem que sempre pensei em fazer e, com 25 anos, é muito mais fácil de se realizar essa aventura do que aos 40 anos, casado, com filhos, etc.. Não que não seja possível, até porque já vi, e continuo vendo, vários exemplos assim. Além de não ter nada contra, até acho muito interessante. Porém eu, Artur Bruzos, não me vejo, com essa idade, com pique para pegar carona, dormir em rodoviária, escolher entre um par de meias ou a higiene, no banheiro, em algum lugar da Turquia, por exemplo.

Dito tudo isso, afinal de contas, quando decidimos viajar?

Um certo dia, enquanto estava navegando pela internet -havia pouco tempo que estava desempregado- acabei encontrando uma incrível promoção. Preços absurdos, para vários destinos da Europa. O site estava completamente congestionado e, após uns 30 minutos tentando diferentes destinos (pois nenhum funcionava, a todo momento o site não respondia), peguei os últimos dois assentos, com destino a Amsterdã. Créditos para minha amada Samanta, que possuía crédito no cartão, ao contrário do meu caso.

No dia seguinte, a companhia aérea, KLM, revelou que não se tratava de uma promoção, mas um erro de sistema. Porém, para a alegria geral da nação (ou pelo menos a minha e de Samanta) a companhia afirmou que "ficaria", que honraria as passagens compradas. Aliás, aqui fica todo o meu elogio à companhia holandesa. Em todas as vezes que liguei para eles, seja para confirmar informações ou retirar dúvidas, sempre fui extremamente bem atendido.

Até então, ficaríamos apenas 28 dias, visitando três ou quatro países. Porém, pensando melhor, comecei a me questionar: por que não agora? Havia, ao menos, cinco anos que eu imaginava fazer essa viagem. Quantos mais eu iria esperar? Iria esperar arranjar uma estabilidade em algum emprego, o que tornaria o plano inviável? Talvez esperaria uma época pré matrimônio, onde o pensamento estaria em guardar dinheiro para casar, comprar um imóvel, formar uma família? Obviamente que não. 

Sendo assim, pensei e, ao mesmo tempo, não pensei muito (pois esse é o tipo de coisa que se você deixa ecoar demais, você desiste). Conversei com Samanta, que após uns dias de retiro mental sobre a questão, aceitou de mochila, corpo e alma. Levou uns dias, até porque não é qualquer um que embarca em algo assim de uma hora para outra. Não escondi dela que nesse tipo de viagem você sai da zona de conforto diversas vezes ao longo de um único dia. Alertei que na teoria, nos blogs, redes sociais, tudo é lindo, mas que na beira da estrada, dentro do ônibus sem muita moeda local, sem hospedagem em um domingo pra segunda, às duas da manhã, sem banho, as coisas são diferentes. Porém, ela disse sim (pelo menos, por enquanto, segue dizendo).
E então, com apenas dois meses para a data da viagem, partimos para os planos, orçamentos, destinos e tudo mais que irei separar em outros textos que estão por vir.

Prometo que vou me empenhar mais e me policiarei a escrever frequentemente. Fiquem tranquilos, não vou deixar para escrever na Tailândia como foram os dias no mundo árabe... Inshalá!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Um gatilho, mil dedos


O principal fator que difere o ser humano dos outros animais, além do polegar opositor, é o uso da razão. É isso que o torna a criatura mais magnífica do planeta, capaz de compor sinfonias, construir prédios, salvar vidas, entre tantos outros feitos surpreendentes. Porém, outra característica que o torna único é a capacidade de odiar. Mais do que amar, o homem odeia (e muito).

No último sábado, 12 de outubro, o vídeo de uma tentativa de assalto, que culminou com um ladrão baleado, dominou os portais eletrônicos do país. Após dominar a vítima, e tomar posse de sua moto, o ladrão acaba surpreendido por um policial militar, que disferiu dois tiros contra o infrator (o qual acabara de completar a maioridade). Ao primeiro momento, a reação comum é a de adrenalina e satisfação em ver o bandido baleado. Qualquer pessoa, movida pela revolta ao ver uma pessoa “boa” (sim, as vítimas sempre são figuras puras, éticas e protegidas de qualquer análise moral) ter um bem levado, sente a sensação de prazer em ver o bandido acabar no chão.

Ademais, é compreensível que, no momento em que o homem sente sua vida ameaçada, o mesmo tenha como reação desejar, do fundo de suas vontades, a morte do outro ser. Nada de anormal nisso. Porém, o que espanta é o ódio coletivo, saber que as pessoas, mesmo enxergando o jovem de 18 anos caído no chão, gemendo, suplicando por sua vida, sentem gozo em vê-lo morrer. Isso, sim, é mais surpreendente do que o próprio vídeo. 

Ao colocar algo desse tipo, a enxurrada de ironias e xingamentos, como do tipo “não tá contende, leva pra casa”, faz-se tão comum e previsível quanto trânsito em São Sebastião em época de férias. A questão é que esse círculo vicioso do ódio gera, apenas, mais ódio. É simples e óbvio, porém, bem como viver o momento presente, são situações difíceis de compreender.

O intuito aqui não é entrar no politicamente correto e falso puritanismo. Obviamente, o gatilho da arma do bandido não é acionado sozinho... E justamente por tal fato, é um conjunto de fatores e processos sociais que criam a combinação entre pólvora, chumbo, vítima e morte. A chave do processo é enxergar que enquanto a vontade em ver um semelhante falecer for maior do que a vontade em lutar por uma nova situação social, com mais igualdade e oportunidades, o ódio sempre irá gerar mais ódio. 

Mais uma vez, há a necessidade de se desculpar por entrar, mais uma vez, em uma argumentação tão óbvia e clichê. Porém, como as coisas que realmente importam na vida, essa mensagem não é complexa, porém extremamente difícil de se compreender (e, mais do que isso, de se viver).

A intenção aqui não é passar uma imagem santa do autor do texto. Pelo contrário, até porque os amigos sabem o “espírito de porco do mesmo”, o qual, como o personagem “Coringa”, no filme “Batman, o Cavaleiro das Trevas”, adora ver o “circo pegar fogo”. Porém, o mesmo dá muito mais valor ao que realmente importa, ações reais, do que ações superficiais e tão automáticas quanto uma frase repetida ao longo do tempo. No lugar de perder linhas desse texto para exemplificar tal fato, fica a indicação da análise do “homem cordial”, por Sérgio Buarque de Holanda.

Por fim, sem apontar o bandido apenas como um coitadinho, e tampouco condená-lo à morte friamente, com todo o ódio que a razão trouxe ao ser humano, o ideal é compreender todos os processos que envolvem o fato, políticos e sociais, principalmente. Porém, essa análise não será levantada nesse texto, a fim de evitar encher os servidores de dados em nuvem ao redor do mundo.

É entender que o jovem de 18 anos, “marrento com o canhão na mão”, é o mesmo que já foi um bebê com olhar inocente, o qual tendo uma foto sua publicada em alguma rede social com uma frase de autoajuda, possivelmente teria milhares de compartilhamentos. Entender que é fácil julgar tendo sua criação garantida com uma boa educação, amor e conforto, quando, em contrapartida, a linguagem de milhões de marginalizados da sociedade é a “lei do cão”, onde o código de Hamurabi impera, com sua lei de talião.

Ademais, fica a referência ao belo discurso de Luiz Ruffato, na abertura da Feira do Livro de Frankfurt. Não seria exagero dizer que o texto acima poderia ser resumido nas linhas seguintes: “ Aquele que, no desamparo de uma vida à margem, não tem o estatuto de ser humano reconhecido pela sociedade, reage com relação ao outro recusando-lhe também esse estatuto. Como não enxergamos o outro, o outro não nos vê. E assim acumulamos nossos ódios – o semelhante torna-se o inimigo.”

quinta-feira, 17 de março de 2011

Uma formiga santa e ética, na fila


Toda pessoa que frequenta supermercados já se deparou com a seguinte situação: você está esperando sua vez, na fila do caixa, quando, repentinamente, surgindo de algum canto do comércio (ou, provavelmente, de um portal para outra dimensão, pois nunca vemos de onde essas pessoas surgem) o ser que está em sua frente na fila recebe um amigo, familiar, ente querido – maligno- com um carrinho de compras cheio de mercadorias. Essa civilidade, ou falta dela, é a mesma que cobramos de nossos representantes políticos. Porém, que moral tem uma pessoa que não respeita uma fila?

A princípio, em conversas com pessoas que pegam ônibus com você, com cidadãos que tomam café na mesma padaria em que você pede um misto quente, temos a impressão de que no mundo só há inocentes, gente do bem. Dificilmente você vai ouvir alguém dizendo que sim, que realmente ela fura fila, não dando a mínima para o próximo. Tão difícil é alguém assumir que furou o trânsito pelo acostamento, pois precisava chegar em casa para ver o final da novela. Contudo, é mais corriqueiro ouvirmos lamentações sobre os governantes, sobre a falta de honestidade de vereador ”x”, entre outras lamúrias.

Os comércios, em geral, tentam encontrar medidas para mudar esse cenário “fura-fila” (sem nenhuma associação ao antigo prefeito da capital paulista). Ultimamente, cada vez mais nos deparamos com as senhas impressas. Porém, com a genialidade que torna o ser humano a espécie mais fantástica do planeta terra, os vulgos “paladinos da honestidade” - sim, aqueles que lamentam sobre uma suposta falta de ética na política- se deram conta de que podiam emitir mais de uma senha, guardando, assim, lugar para um possível amigo querido, o qual, por sua vez, é tão “inocente” quanto o primeiro.

E seria impossível citar exemplos de falta de ética sem mencionar a "terra prometida" de todo esperto: o trânsito. Ao que parece, o cidadão (ou a tentativa de um) sente-se protegido pela couraça de metal à qual está guiando. Ao contrário das filas, em que todos podem se olhar nos olhos, o trânsito garante o anonimato do folgado. Um bom exemplo acontece quando o trânsito está parado e, subitamente, motoristas tomam uma medida que deveria deixar de queixo caído figuras como Einstein, ou Nietzsche, pois acharam um caminho o qual nenhum dos outros motoristas enxergou: o acostamento! Sim, o acostamento deve ser como a roupa do rei, a qual só os inteligentes conseguem visualizar.

Vítimas da superlotação do verão, as cidades praianas são as que mais sofrem com esse mal do acostamento. Assim como os comércios, as prefeituras tentam encontrar medidas para sanar essa questão, como foi o caso da Prefeitura de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, à qual demarcou toda sua faixa de acostamento de sua principal via com cones, cavaletes, além de contar com a ação dos guardas de trânsito para autuar os espertinhos.

O fato é que todos cometem seus deslizes, seja não respeitar uma faixa de pedestre, burlar uma fila, jogar um chiclete na rua, entre tantos outros. E é o próprio erro do homem que gera uma maior demora no atendimento, o acúmulo de sujeira nas ruas ou o caos no trânsito (duvido alguém dizer que já viu um engarrafamento numa fila de formigas). A questão está em cada pessoa assumir sua verdade de “pecador” e, ao invés de criar sociedades de combate a x ou y, tentar cuidar de seu próprio umbigo, de suas ações, e até mesmo de seus potes de doce, evitando, desta forma, o trânsito de formigas entre seus mantimentos.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

NOTA - Esse texto possui um conteúdo explosivo

Sim, esse texto vai contar sobre como vi um assalto, tentei ajudar, dei soco na cara de um cara, jogaram pedra em mim, abri o tampao do dedo do pé, arregacei o joelho. Ok, agora que já atraí a atençao de vocês, vamos voltar de onde parei no último texto kkkkkkk.
Depoois de escrever o último texto, lá pelas 6h da manha, comi e fiz o city tour. Detalhe que me ferrei, porque teria q fazer o check out, mas saí, entao perdi 50 pesos do seguro. Na volta, tomei banho e dormi apenas umas 2 horinhas. Depois de jantar, saí com uma galera pra um bar. Depois deles fazerem o esquenta, e eu comer uma pizza de mussarela, ao melhor estilo patrao, na beira da av. 9 de julho, fomos para a balada. Nossa, foi muito engraçado, muito boa, mesmo. Foi uma das melhores baladas que já tive. Cheio de gringo engraçado, ficamos zuando, talz. Muito bom, mesmo!
Na volta, novamente varamos, esperando o café da manha. Depois de comer, eu pensei em ir dormir, pois estava exausto. Dormi 50 minutos e acordei por causa do calor, e estava com medo, pois queria fazer o check out novamente(pq eu estava reservando um dia por vez). Aí desisti de dormir. Tomei um banho e fui pra La Bombonera, estádio do Boca Juniors. Fui de busao. Lá, dei um migué e comprei entrada apenas para o campo (25 pesos), sendo que nao poderia entrar no museu. Mas dei um migué na entrada, talz, e também vi o museu. Muito legal. Na hora de sair, eu nao tinha rasgado o meu ticket, entao procurei um Corinthiano (o que nao é difícil de achar) e o presenteei com a entrada intacta haha.
Depois, caminhando pelo bairro La Boca, o bairro do tango da argetnina, é muito legal, bem turístico, com casinhas antigas, restaurantes, tudo mais, fui pedir informaçao pra um garçon. Nisso, ele elogiou minha camisa do Corinthians e me tira uma bandeira do Corinthians do bolso kkkkkkkk. Começou a cantar gritos do Corinthians, ele tava em frente ao restaurante El Timón. Tive que tirar uma foto com ele, lógico. Depois fui de bus até o estádio Cilindro, do Racing Club. A história do Racing me encanta, pois se assemelha com o Corinthians, tem uma torcida tao fanática quanto a fiel, por isso fui. Nenhum turista vai nesse estádio, até pq o time nem é muito conhecido fora da Argetnina (aliás, quase nada kkk). O estádio estava em obras, entao, ao contrário de La Bombonera, tava todo feiao, largado, sabe. Tanto que nenhuma fiscalizaçao, só os pedreiros. Com o portao aberto, fui entrando em tudo, até vestiário, banco de reservas. Foi muito legal, sabe, estar num estádio de um time que quase nunca ganha nada, faz anos que nao ganham nada, mas que a torcida continua indo, me senti como se voltasse pra época do jejum Corinthiano.
Na sequência, tentei ir ao estádio do rival do Racing, que é o Independiente. Mas estava fechado, mas tudo bem, pois queria mesmo era conhecer o do Racing. Nas ruas, ainda troquei minha camisa da gavioes por uma do Racing, com um ambulante.
Voltei pro hostal e depois de ficar um tempao só morgando aqui, de boa (ah, e fui buscar mh ropa na lavanderia), saí com uma brasileira pra tentar ver reserva em outro hostal, e também pra ver se achava lugar pra descarregar fotos. Bom, nisso fiquei na lan e ela veio embora.

Comeeeeeça o drama do assalto
Tava voltando pro hostal, sozinho, na principal av da Argentina, a 9 de Julho. É sossegado, cheio de tursista, mas tem muito caso de batedor de carteira, ladraozinho pé de chinelo. Nisso eu vi 2 caras (uns 16, 17 anos) chegando perto duma mulher, que devia ter uns 50. Eu deveria ter gritado na hora, mas nem deu tempo, foi tudo muito rápido. Um pegou o celular e saiu correndo. Nisso eu já saí correndo atrás (detalhe que eu tava com a camisa do Racing, entao era como se eu fosse "local"). Eu saí q nem um louco, gritando em espanhol que nem um doido "EU VOU TE MATAR, SEU FILHO DA PUTA, VOCÊ JÁ TÀ MORTO!SOLTA ESSE CELULAR SE NAO EU TE MATO!" Meu, o infeliz correu demais, juro, ele entrou em choque e parecia o papa léguas. Nao chegava nele de jeito nenhum. Nisso veio o outro correndo e um jogou o celular pro outro. Mas continuei correndo atrás desse cara. Sem brincadeira nenhuma, a gente ficou uns 5 minutos correndo pelo meio da avenida, entre os carros. ouvi freada, carro parando perto de mim, mas nao desisti de correr atrás. Nisso ele começou a se desesperar e começou a gritar como se ele tivesse pedindo socorro, e logo eu já comecei a gritar que ele que era o ladrao. Depois desses 5 minutos eu o alcance, dei uma bicuda nas pernas dele. Ele tropeçou, e no que veio pra cima de mim eu dei um soco certeiro na cara dele. Nisso ele caiu que nem joao bobo (e eu ficava olhando pra trás, por causa dos amigos, mas eles nao vieram ajudar, ficaram de longe olhando). Entao eu tinha esse moleque, já bobo, no chao, que começou a gritar desesperado pra eu nao bater mais nele, aí nao consegui bater mais, sei lá, me deu pena. Virei e saí andando. E a pena que eu senti, digamos que ele nao teve o mesmo sentimento kkkkk. Ele pegou uma pedra e ficou ameaçando jogar em mim, que já estava um pouco longe. Nisso eu saí correndo, mas estava exausto, entao com o peso do meu corpo eu caí de 4 (estilo tricolor de ser) no meio da avenida, arregacei meu joelho. Nisso ele jogou a pedra em mim, mas que por sorte errou. Aí eu saí fora, ele e os amigos também. Nisso eu percebi que estava sem Croc e com um tampao aberto no dedo do pé. Saí correndo para um bar, fiquei um tempo, porque eu tava morto de tudo, sem fôlego nenhum. Depois de um tempinho pedi pra um cara vir comigo, por segurança, porque eu queria procurar minha Croc kkkkkkk. Só achei um pé. Fiquei muito chateado pela croc. Aí foi isso, fui embora, a mulher ficou me agradecendo, talz, mas nao adianta, porque nao recuperei nada e ainda saí perdendo. Voltei pro hostal, todo ferrado, tomei um banho, fiz curativo e dormi, finalmente! Detalhe que tudo isso passou com meu corpo sentindo um cansaço de ter dormido apenas 2h e 50 minutos em mais de dois dias. Hoje dormi bem. Agora tá doendo, mas ok.
Vo procurar um hostal agora, pq mh reserva acabou e nao tem mais cama aqui.
Adioooos!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Em Buenos Aires


Bom, vou continuar de onde parei no último texto. (detalhe que sao 6h17 da manha, aqui em buenos aires, e acabei de chegar no Hostel de um clube aqui. Depois conto sobre isso.
No dia 30, ainda fui pra noite de Vina del Mar. Viña já é um lugar "chiquetoso", e fui pra tipo a "Maresias" de Viña, porque gosto de conhecer os dois lados da moeda. Bom, realmente bem legal, pessoal jovem, nada muito diferente de uma noite em Maresias, a playboyzada, patyzada. Na fila para entrar numa balada top de lá, fiz amizade com uns chilenos, que me deram um vale pra entrar de graÇa. Porém, como nao completei 21 anos ainda, tive que pagar de qualquer forma haha, como 3mil pesos, algo como 12 reais. De boa. Depois ainda peguei um micro e voltei pra casa.
No dia seguinte, tive que deixar minha habitaÇao. E nao tinham mais lugares perto do centro, aliás, até tinha, mas por 40k pesos, algo como 160 reais. Entao fiquei na rua, com todas as minhas coisas. Já no final da tarde, cheguei num hostal e pedi por favor pra somente tomar banho. Depois de uns 4 lugares encontrei esse chileno gente boa, que me pediu para ser rápido, para que a dona do hostal nao me visse. Mais tarde, depois de algumas tentativas fracassadas, consegui arranjar um hostal apenas para guardar minhas coisas, de graÇa. Uma tiazinha simpática. Isso já era uma 10h da noite. Eu estava bem deprê, achando que, depois do pior natal, passaria a pior virada. Mas quando era quase 11h, fui pra uma praÇa onde as pessoas se reúnem pra ver os fogos. Fica bem no alto de um morro, muito legal. Nisso um chileno veio e me pediu um "pito", nao sei se pela barba para fazer, ou cara de Corinthiano kkkk. Bom, sei que fiz amizade com ele e todo o grupo que estava com ele. Foi muito legal, me revecebram muito bem e viramos a noite lá. Foi muito bom. Depois dos fogos, da virada, descemos até uma praÇa central, onde tinham milhares de pessoas. MAis tarde, depois que a música acabou, o pessoal voltou pro cerro, onde ficamos até umas 7h30 da manha. Só fui emobra porque iria pra Mendoza, na Argetnina. Fui pro terminal varado e peguei o buso das 8h30.
Cheguei em Mendoza de tarde, depois de 7 horas de buso, e já comprei passagem pra Buenos Aires (mais 15h na estrada). Cheguei hoje de manha na capital do tango.
Depois de fazer minha reserva num hostal internacional, que uma tiazinha que encontre iem Mendoza fez minha reserva por um preÇo melhor, bati um macarrao aqui mesmo e fiquei de bobeira o dia todo. AH, e tomei meu primeiro banho de 2011, depois de algum tempo (estava nojento da virada, fedendo muito hehe).
Hoje (ontem) reservei um city tour (que acontece daqui a pouco, äs 9h). COnheci uns brasileiros (CARA, É MUITO BRASILEIRO AQUI. Cheguei no hostal já tava cheio deles, e tocando vitor e léo, me senti no Brasil) e fiquei com eles numa festa que teve aqui, festa brasileira com muito samba. Eu estava louco para sair, para conhecer algo da noite, e quando deu 2h da manha, saímos para uma praÇa que tem vários bares. Entramos numa balada bem legal, talz. O problema é que fomos eu, um cara que me parece ser gay e dois casais. Ou seja: eles foram embora e me largaram sozinho lá. Sorte que encontrei uns brasileiros na volta e peguei carona(sim, de graÇa!) no taxi com eles.
Bom, estou agora (6h30) escrevendo esse texto. Estou com fome, e por isso vou ficar acordado até o city tour, mas principalmente para ficar acordado e comer o café da manhá, que começa äs 8h. Hoje vai ser duro, vou ficar estragado, mas tudo bem, dormi bastante nas longas horas de busao. Acho que por enquanto é isso.
P.S.: tá difícil de achar um lugar pra descarregar fotos, e agora q to no hostal, com internet "de graÇa", nao vou pagar pra usar net fora. E aqui nao tem leitor de cartao. Sorry.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Continuando


Bom, logo depois de fechar o lugar pra ficar, tomei banho e fui dar uma volta. O lugar é meio feio, cabreiro. Andei entrei em alguns lugares, de graÇa, pois só exigem carteira de estudante e documento oficial, pois se trata de uma cidade universitária.
Na manha seguinte, fui fazer compras no mercado. Comprei comida para me garantir por pelos menos uns 4 dias. Macarrao, molho de tomate, leite, achocolatado(nao, nao é nescau), pao, prersunto, bolachas, fanta 3l e água 3 l. Chegando já mandei um pao com presunto e fanta. Mais tarde, iria sair, mas estava cansado, pois andei o dia todo por quase toda a orla de Valparaíso. Fui dormir 21h, sendo q só acordei âs 13h do dia seguinte. Acordei e, depois de preparar um macarrao, com a ajuda de seu Domingo, fui pra Vina del Mar. DEtalhe que seu Domingo é muito simpático comigo, me ajuda na hora de fazer comida, fica conversnado comigo. Por exemplo, na primeira noite, quando fui sair, um cara de skate veio puxar papo comigo, nisso seu Domingo saiu da janela, no segundo andar, e deu tipo um "alou", com medo de que fosse algum malandro vindo falar comigo.
Bom, Vina del Mar é muito lindo. Tem grandes edificios, hotéis caríssimos. É o outro lado da moeda de, por exemplo, La Paz, ou até mesmo Valparaíso.
DEtalhe que fui no Cassino de Vina haha. Ainda consegui passar pra ala do hotel, que só dá pra passar com cartao, mas num descuido em entrei com uns hóspedes, e comecei a andar pelos andares, só pra conhecer. Depois de ir no banheiro do hotel, segui meu rumo. Peguei um micro (coletivo) e voltei pra casa. Depois de comer, fui pra noite.
Na rua conheci duas australianas, que também estavam sem rumo. Acabamos entrando em alguns lugares, talz. No final da noite, me despedi e ia seguir meu caminho, só q nem tinha reparado que esatava largando duas garotas com cara de gringas sozinhas andando pela madrugada pelas ruas. Tanto que só foi eu dar xau pra elas, e dar uns 15 passos, que um grupo de uns 4 caras comeÇou a andar na direÇao delas, pra ficar enxendo o saco, zuando. Aí voltei, como se tivesse esquecido algo com elas, e fui com elas até o hostal onde estavam.
Hoje acordei umas 2h da tarde, e depois de trocar uns dollars estou aqui na net. nao sei ainda o que vou fazer hoje. Ah, fechei mais uma noite na hospedaria, amanha nao sei o que vou fazer, vou ter que procurar algum lugar. To pensando em deixar as coisas no quarto das australianas e varar a noite, já q na noite da virada porvavelmente nao vo dormir tao cedo. Nao sei ainda.
Por enquanto é só.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Ainda no Chile


Estou em Valparaíso. No último texto esqueci de citar alguns dos passeios que fiz no norte do chile, como o Valle de la Lunna e Laguna Cejar, que é uma lagoa que tem 1.200 metros de profundidade. E, assim como o mar morto, vocë nao precisa saber nadar. Tem tanto sal na água que vocë fica boiando, é muito louco. Detalhe que quando entrei quase morri de dor por conta de uns cortes q tinha na perna e de uma afta na boca. A hora que o sal pega, vixi!
Em Santhiago, logo depois de escrever o último texto, nao me contive e fui andar pela noite. Falei para a moCa do hostal que só daria uma volta, talz. Acabou que entrei num clube de cumbia e voltei 4h30 da manha kkkkk. Foi muito legal, pois fiquei com uns 4 chilenos muito simpáticos. E puilávamos, saltávamos, dancando, fazendo trenzinho pelo clube hehe, foi muito divertido. Detalhe que eu estava com a camisa do Peru (tem muita rivalidade entre esses dois países). E todos se surpreendiam quando falava que era do Brasil. Na rua um cara falou: "Peru?" eu: "sim" e ele falou algo que nao entendi, mas que nao deveria ser boa coisa. Outro cara na rua, que estava vestindo a camisa do Chile, olhou pra camisa do Peru e também falou algo rápido e baixo para mim, que também nao consegui ouvir hehe.
Na segunda noite, depois de fazer um city tour pela cidade, em um busao turístico, que custa 18k pesos, conheci um chileno e fomos para a noite juntos. Pegamos um taxi e fomos a um bairro bem movimentado, mesmo de domingo. Conhecemos duas chilenas num restaurante que nos acompanharam para um clube de salsa kkkkk. Detalhe que tava de croc, dancando esse estilo pela primeira vez. Modéstia ä parte, me saí melhor do que imaginava. Bom, foi bem divertido também.
No dia seguinte (detalhe que chorei tanto com a mina do hostal e nao tomei café da manha nenhum dia, pois acordei tarde nos dois) apenas andei pela cidade, conhecendo outros lugares que nao tinha passado. Já no final da tarde fui pro terminal de busos e comprei passagem pra Valparaiso. Estava sentado, comendo os restos de uma pizza que tinha comprado, e olhando a plataforma 8, que era a minha. Estava tranquilo, quando do nada vejo o meu busao indo embora, pela plataforma 7. Saí correndo que nem um louco, carregando mochila, pizza, refri, entrei na área destinada aos busos apenas, bati na porta e ainda consegui entrar. Nesse buso conheci um cara que me deu uns flyers pra uma festa que vai ter amanha aqui, parece ser boa. Me dei bem, pois ele disse q na porta o preco vai estar em 7k (uns 30 reais) e com o flyer entro na faixa :).
Depois de achar uma hospedaria, a mais barata da cidade, ainda chorei muito pro senhorzinho, muito gente boa. Me deu até pena de tá chorando tanto pra ele, mas depois a pena passou. Ele foi bem honesto comigo, que já era o lugar mais barato da cidade (fica um pokinho longe, do lado do congresso e do terminal) e custava 6k a noite. Me perguntou quanto eu podia gastar. Disse que em San Pedro eu paguei 3.500 chorando já(na verdade paguei 5k a noite). Entao ele disse que só poderia me garantir 3 noites, porque por esse preCo nao valia a pena para ele no ano novo, pois os quartos já estavam todos reservados. Ele falou que podia no máximo me fazer 12k por 3 noites. Depois de mais um choro, acho que o venci pelo cansaCo, ou pela pose de bom moCo ele deve ter ficado com pena de mim kkkjk. Fechei por 11k pelos 3 dias. Tipo: muito barato!.
Ok, o dono da lan house está me expulsando agora kkkkk. Depois conto o resto.
Adios!